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[Resenha] Simplesmente Ana - Marina Carvalho



Autora: Marina Carvalho


Sinopse:

Simplesmente Ana - Imagine que você descobre que seu pai é um rei. Isso mesmo, um rei de verdade em um país no sudeste da Europa. E o rei quer levá-la com ele para assumir seu verdadeiro lugar de herdeira e futura rainha…
Foi o que aconteceu com Ana. Pega de surpresa pela informação de sua origem real, Ana agora vai ter que decidir entre ficar no Brasil ou mudar-se para Krósvia e viver em um país distante tendo como companhia somente o pai, os criados e o insuportável Alex.
Mudar-se para Krósvia pode ser tentador — deve ser ótimo viver em um lugar como aquele e, quem sabe, vir a tornar-se rainha —, mas ela sabe que não pode contar com o pai o tempo todo, afinal ele é um rei bastante ocupado. E sabe também que Alex, o rapaz que é praticamente seu tutor em Krósvia, não fará nenhuma gentileza para que ela se sinta melhor naquele país estrangeiro.
A não ser… A não ser que Alex não seja esta pessoa tão irascível e que príncipes encantados existam.
Simplesmente Ana é assim: um livro divertido, capaz de nos fazer sonhar, mas que — ao mesmo tempo — nos lembra das provas que temos que passar para chegar à vida adulta.

Olá pessoal, Simplesmente Ana foi o segundo livro que escolhido para o Desafio Literário A Elite , que estou participando.Ele acabou seguindo a mesma linha de história do anterior, A Herdeira, mas temos um diferencial entre as princesas dos dois livros. 
Nele, Ana mora em Belo Horizonte, Minas gerais, e cresceu sem saber quem era seu pai ela acreditava que ele tinha abandonado sua mãe grávida e quando começou a se acostumar com a ideia de não ter um pai ela descobre que tem, que ele está atrás dela e que é um rei da Krósvia.
Na vontade de conhecer esse pai e o seu país, Ana tranca a faculdade de Direito e viaja com o pai.
Ela chega na Krósvia e descobre que o país é lindo, que seu pai tem um enteado que por sinal, não gosta muito dela, conhece sua Tia e seus primos e a amizade dos empregados.


Se você leu até aqui vai acender uma luz na sua cabeça e vai pensar: Epa, já conheço uma história assim?! Oh, O diário da Princesa da querida Meg Cabot!!!.
Sim, a comparação é inevitável, durante a leitura você faz algumas associações, mas a escritora Marina Carvalho fez do que podia ser  uma cópia adaptada para o Brasil, uma divertida  história que me prendeu do início ao fim.
 A história te uma peculiaridade, a Ana é uma personagem divertida, com voz, e decidida e que fica meio perdida em como ser a filha do rei de ma país.
Tem que lindar com os paparazzi, com a namorada do Alexander e as visitas no orfanato.
Temos o Rei que é um cara tão calmo e paciente e um sapo ou príncipe chamado Alexander que cativa com o jeito fechado, mas que ganha vida durante o livro.
Conheço poucos livros nacionais que entrariam na categoria de Chick-lit e ele é um deles.
Leitura rápida e divertida de tarde. O livro te continuação De repente Ana e está na minha estante aguardando a pilha de livros para serem lidos.

Por hoje é só, quem já leu diga o que achou nos comentários!
Beijos



[Coluna] Confesso que...

... eu deveria estar estudando, mas estou lendo. E não, não é nada sobre a matéria. E agora?


 Oi gente!
 Estamos começando hoje uma nova coluna aqui no E.V.
 Existe uma página no facebook chamada "Confissões de um leitor", e me inspirando nela, achei interessante fazermos algo voltado para as nossas experiências, como um "A.A", só que no caso seria mais como um "L.A." HUHUHSUSHUSHSUHSU

 Bem, hoje resolvi descrever o processo de sedução que se desenvolve entre o leitor e o livro.
 Sabemos que tudo começa em uma livraria, quando estamos passando e rola aquela cruzada de olhares...




Você passa, ele te chama... Você dá uma volta e acaba no mesmo lugar. E então... Você não aguenta e o leva para casa.


(As vezes com alguns amigos, para que ele tenha companhia no caminho.)

 A partir daí, você dá atenção a ele, mas então precisa dar um “Até logo” porque bem, você tem outras coisas para fazer. Mas... a sua mente não se desliga dele.

“Só mais um capítulo...” 

...ele sussurra enquanto te observa de longe.
 Você não consegue ignorá-lo totalmente, então apenas dá uma rápida olhada, mas decide que será firme!

“ Você sabe que quer saber o que vem depois...” 

...ele insiste. E ele tem razão! Mas você não quer dar o braço a torcer, então apenas levanta para beber uma água e mudar de local para estudar. Um pouco de distância pode melhorar, certo?
 E então vem a culpa. A culpa por deixá-lo só em uma estante, e as perguntas "E se hoje for meu último dia de vida?". Parece exagero, não é? Mas... e se for MESMO? Como você vai saber?
 Após mais um tempo resistindo, você joga tudo para o ar e corre para o abraço.
 Fazer o que? Isso definitivamente é amor. <3






[Entrevista] A Very Harry Potter Musical - Part II


Olá, pessoal! Hoje venho com a segunda parte do nosso Especial - A Very Potter Musical, que ontem contou com a entrevista da direção e produção. Nesta segunda parte, traremos a entrevista que fizemos com o elenco.
Quando fomos nos encontrar com os atores, estávamos todos tímidos, mas assim que ligamos o gravador, todos se soltaram e foi um bate- papo divertido e longo! Confira agora algumas das perguntas que fizemos aos integrantes do elenco:



A VERY POTTER MUSICAL
Entrevista – Elenco

1)    Como foi o processo de elaboração do musical? Quais foram as maiores dificuldades enfrentadas?


 Ingrid Klug (Hermione Granger): Eu acho que uma das maiores dificuldades para mim foi juntar o canto e a dança. É complicado quando se junta as duas coisas. No inicio, dá um clique na cabeça da gente, mas depois você se acostuma. Um musical exige muita disciplina, muita concentração. É um tipo de Teatro muito difícil de fazer, é minha primeira peça longa com dois atos, é uma peça bem grande. Logo, o segundo maior desafio é manter a energia durante um bom tempo. Você tem que manter o pique por um bom tempo, sem contar que é uma comédia! Exige muita atividade e energia; então, acho que foram esses os meus maiores desafios.

Lucas Rocha (Alvo Dumbledore): Sempre estivemos bem envolvidos no projeto, ajudando a produção. Afinal, somos um projeto universitário e precisamos nos ajudar em tudo o tempo todo. Quanto às dificuldades pessoais, acho que tanto o canto quanto a atuação foram uma surpresa pra mim. Eu nunca fiz um curso de teatro completo e aprendi tudo muito rápido com tanta gente talentosa ao meu redor (diretores e elenco). Toda a experiência que nos mostrou as dificuldades também cuidou de diminuí-las. O cuidado que tiveram conosco durante toda a construção de personagem, técnicas de canto, etc,foi muito especial.

Rayza Noia (Lilá Brown e Bellatrix Lestrange) : Uma dificuldade pra mim também é a responsabilidade com os fãs de Harry Potter, porque é uma legião de fãs. É uma coisa assim, que eu só fui ter noção quando começamos a divulgar o musical. Porque acabaram os livros, os filmes e eu tive a impressão que passou; mas não passou, e ele fez parte de uma geração inteira. Então, é muita responsabilidade, e fã é um ser muito exigente que praticamente caça defeito.

Foto tirada no ensaio do musical -  Em cena Rony, Harry e Hermione ( Jeff, Gabriel e Ingrid)

2) Como foi a escolha dos atores para cada personagem?

Lívia Bravo (Draco Malfoy): Tínhamos uma ficha e tínhamos que preencher com os personagens que queríamos fazer. Então, eu coloquei o Draco e consegui! Acho que com quase todos foi assim.

Rafael Chapouto – Quirinus Quirrel: O meu foi um pouco diferente, porque eu fui chamado quase depois de todo o elenco ser selecionado. Então, quando eu recebi o e-mail, eu pensei que fosse sei lá, árvore, algum papel assim, um tapa buraco. Quando o Julio falou que eu faria teste para o Quirrel, bateu um nervosismo enorme. Porque ele é um personagem que tem que lidar com a comédia e uma energia lá em cima. Aí, fui fazer o teste e passei mal um dia antes de labirintite, cheguei aqui super nervoso e acabei passando.

Gabriel Contente (Harry Potter) : Eu não botei o Harry na lista dos personagens que eu queria a fazer, botei vários, menos  Harry. Eu botei o Snape primeiro, e quando eu recebi o papel para fazer o Harry, eu nem sabia se era uma fala de Harry para qualquer personagem ou se eu que iria fazer. E depois que eu vi que iria fazer o Harry fiquei super empolgado.

Gabriel Contente e Jeff Fernandéz ( Harry e seu inseparável amigo Rony )

3)    Harry Potter reuniu – e ainda reúne – uma legião de fãs com os seus livros e filmes ao longo dos anos. Qual o sentimento em adaptar para os palcos uma das sagas de maior sucesso do cinema/literatura?

Jeff Fernandéz (Rony Weasley): Esta vendo o sorriso no rosto de todos? É eu acordar hoje e ainda não acreditar que estou realizando um sonho de criança de está no mundo de Harry Potter, de está fazendo um musical, que vou está num teatro, num palco. É uma realização muito grande junta. Eu acordo e falo: Cara, estou fazendo isso, sabe? E a galera está querendo assistir.

Lucas Rocha (Alvo Dumbledore): É totalmente irado! Eu sou muito fã dos livros, filmes, e musical original e sempre ficava sonhando em participar da peça (assim como dos filmes). Então quando eu soube que teriam audições para uma versão brasileira, fiquei louco! Tive que fazer! É um sonho realizado pra mim, sem exagero. Não tenho palavras para dizer o quão feliz e grato sou por participar de algo tão especial e que fez parte de nossa infância e adolescência.

Maíra Garrido ( Preparadora Vocal): Não é nem um pouco simples. Eu, como fã e como eu estou de fora, eu assisto os ensaios. O que eu espero quando eu vejo os atores em cena é ver o personagem como é descrito no livro. Só que eu quero ver o ator sacaneado esse personagem em cena. Então, não é fácil, ainda mais na minha parte de canto.  É tentar imaginar como seria a voz do Draco fazendo um solo. Tudo é muito interligado, tem que ser tudo muito bem pensado para não ofender ninguém. Esse é um musical que agrada muito aos fãs dos livros.

Rayza Noia (Lilá Brown e Bellatrix Lestrange): E a sátira, eu vejo ela como uma forma de homenagear a obra original, só que ela não sendo levada a sério pode virar uma grande piada de mal gosto; então, a gente leva a sério a raça, a gente faz graça a sério.


Elenco em cena
4)    Se vocês tivessem a oportunidade de escolher entre uma capa de invisibilidade, um vira-tempo, a bolsa da Hermione e uma Firebolt, quais desses objetos vocês escolheriam? Por quê?

Lucas Rocha (Alvo Dumbledore):Acho que o melhor para mim seria um vira-tempo. Sorteios da loteria nunca mais seriam os mesmos.

Lívia Bravo (Draco Malfoy):Ah gente, eu quero a bolsa da Hermione,nós temos que  carregar milhões de coisas pro ensaio todos os dias e fazemos uma mala para caber tudo, então a bolsa da Hermione seria ideal.
Em unanimidade preferiram a bolsa e um firebolt para chegarem rápido aos ensaios( risos)


5) E quanto aos trabalhos futuros? Teremos mais apresentações?

Juliana Souza ( Produção): Queremos sim mais apresentações, mas no momento estamos priorizando as apresentações na Unirio, por diversos fatores. Tivemos problemas aqui e é muito importante que essas apresentações sejam muito bem feitas para eles saberem que não precisava rolar os conflitos internos com a instituição. Mas de outras apresentações, existem possibilidades, não tem nada fechado e não estou fazendo mistério, mas todo mundo aqui quer, está animado. Mas temos que ter a noção que somos um projeto acadêmico, não podemos obrar ingresso, precisa de um teatro e tal, mas sabemos que só seis apresentações para a quantidade de fãs é muito pouco.





Quero agradecer a Juliana Souza, produtora, que foi a primeira pessoa que eu entrei em contato e já ali vi que seríamos bem recebidas. Também a equipe de direção: Júlio Angelo, Dandara Costa e a Maíra Garrido pela atenção e por permitirem que tomássemos o tempo precioso de vocês, agora que está tão perto do musical estrear, e pelo bate papo que tivemos durante a entrevista. E claro, aos integrantes do elenco, que foram incríveis, receberam tão bem duas estranhas tanto na entrevista como no ensaio. Me diverti muito durante a entrevista e assistindo vocês, Muito sucesso a todos vocês, são de um talento incrível e o número super representativo de pessoas querendo assistir vocês é a prova disso!
Espero que tenham gostado! Aproveitamos para deixar o vídeo do elenco convidando a galera do Rio para o musical:








* Entrevista gravada e transcrita por Camilla Pereira e Isadora Ribeiro. Proibida a cópia total ou parcial da mesma sem autorização das autoras. 


[Entrevista] A Very Potter Musical - Part I

Olá, pessoal! Há umas semanas atrás eu descobri que aqui no Rio irá acontecer um musical sobre Harry Potter, e, como uma boa fã que sou, marquei presença no evento do Facebook. Mas o projeto deles me chamou tanto a atenção, que entrei em contato com eles na cara de na coragem. Assim, eu e Camilla pudemos conhecer a produção, a direção e o elenco do musical, e conseguimos uma entrevista exclusiva para o nosso blog! 
O papo foi tão bom que de uma entrevista decidimos fazer o Especial - A Very Potter Musical, que trará hoje essa entrevista com a produção e direção, e amanhã com o elenco! Confira agora o que eles contaram sobre o musical!

A VERY POTTER MUSICAL
Entrevista – Produção e Direção:
Entrevistados:
Direção e Adaptação: Julio Angelo
Ass. Direção: Dandara Costa
Produção: Juliana Souza




1)    Como surgiu a ideia de um musical sobre Harry Potter?

Julio Angelo ( Diretor): O musical original foi feito em 2009, A Very Potter Musical, pela companhia Star Kiss. A Star Kiss era formada por estudantes da Faculdade de Michigan que decidiram fazer uma peça sobre Harry Potter. A primeira ideia que eles tiveram foi de compor uma música dizendo que o Draco era apaixonado pela Hermione. Então, a primeira música que surgiu mesmo foi a Granger Danger. Nisso eles tiveram a ideia de fazer todo o musical. A ideia de trazer pra cá, fazer uma versão no Brasil, surgiu porque existem tantas possibilidades de teatralidade, e, sendo uma paródia, temos uma liberdade muito grande de criação. Há uma sátira e um humor muito específico e muito interessante de se fazer dentro de uma faculdade, que é o lugar onde você pode experimentar, e isso foi o que mais me interessou quando eu assisti o espetáculo de 2010. Aí guardei tudo na caixinha e fiquei pensando, depositando esses pensamentos para o futuro. Então eu me perguntei, "o que eu posso fazer"? E é sobre coisas que eu gosto muito: Harry Potter, teatro, musical. Além disso, era uma coisa que eu via muito nesse lugar exatamente da experimentação, sem falar que me despertou muito o interesse por ser um projeto acadêmico desde o princípio. Desde o princípio foi feito numa faculdade, foi o que mais me fez ter essa decisão de fazer o musical aqui dentro (UNIRIO).

2)    Como foi o processo de elaboração do musical? Quais foram as maiores dificuldades enfrentadas?

Julio Angelo ( Diretor): Maiores dificuldades? Tudo! (risos) Porque é muito difícil, muito difícil. O teatro musical abrange vários seguimentos: a cena, o canto, a dança. E tudo já começa na seleção dos atores. Por ser um projeto acadêmico, nós queríamos atores de faculdades federais, era uma coisa que a gente pensou desde o início, de o elenco ser composto por estudantes. E o meu orientador, o Rubinho, me deu essa força na questão de “vamos seguir com estudantes”. É importante lembrar também que os atores precisavam dessa noção de que existe o canto, a dança, a interpretação, e de que tudo é ligado.  Eles já têm essa dificuldade, de como assimilar tantas coisas. Uma outra dificuldade é a grana. Por ser um projeto acadêmico a gente não tem dinheiro nenhum. Não tínhamos dinheiro nenhum, nós fomos conquistando, achando possibilidades, correndo atrás de tudo. A questão da grana acho que está acima até da questão dos atores. Repito, era um projeto acadêmico, a gente sabe o nosso lugar, não queremos sair desse lugar que é a raiz desse projeto. Não queríamos subir muito e perder a cabeça na pretensão, em querer coisas muito caras. E não teríamos possibilidade disso.

Dandara Costa (Ass. direção): Esse era um projeto para ser feito numa sala da teatro, não num teatro e nem num auditório, a ideia era em uma sala. Então a questão do dinheiro não era algo que mexia muito com a gente porque não precisaria de equipamento de som, microfones, o cenário seria bem reduzido. Então, depois que a gente teve que tirar o nome da Unirio, nós tivemos que nos adequar ao espaço que tínhamos, que era o Vera Janacopulos. E lá exige muito mais de equipamentos sonoros, microfonia e tudo mais. Então esse foi um estresse.

Julio Angelo ( Diretor): Esse lugar que ela (Dandara Costa) citou como dificuldade, a grana e também a questão do teatro musical. O teatro musical enfrenta muito preconceito aqui dentro da faculdade. Dentro das faculdades em geral. Muito preconceito por acharem que essa é uma arte menor. Muitas das vezes, essas grandes produções que existem no mercado têm apenas dois meses de ensaio. Dois meses de ensaio pra fazer tudo isso. Ou seja, alguma coisa vai pecar. A interpretação é sempre deixada de lado. Se você tem um rosto bonito e canta bem, você já é perfeito para o papel. Ou seja, perde um pouco da credibilidade. E as pessoas entram no senso comum de que é uma coisa ruim, e não é. É muito mais difícil do que imaginam. Muito. E o que aconteceu aqui dentro da faculdade, uma das questões da gente ter sido coagido a tirar o nome da Unirio desse projeto foi esse lugar, de preconceito. Acho que essas são as coisas mais difíceis.

Juliana Souza ( Produção): Nossos apoiadores são completamente loucos! (risos) Mas assim, são pessoas que são apoiadoras, e eu acho importante dizer isso, que a gente não acreditava que iria conseguir apoio de certos lugares. E eles nos acompanharam. Pessoas que estão nos ajudando na confecção do nosso figurino sem darmos um tostão, nós estamos apenas divulgando o trabalho dessas pessoas. As pessoas estão dando coisas caras pra gente. E a contrapartida é minúscula. Por isso é muito incrível que tudo isso esteja acontecendo. Porque nós sabemos que nós nos estressamos, que não dormimos de noite, e quando por exemplo, vocês aparecem querendo conversar conosco desperta em nós o sentimento que estamos fazendo alguma coisa certa. Que está dando resultado. 3000 pessoas confirmaram presença no nosso evento, não sabemos se todas essas pessoas irão caber no teatro. A responsabilidade é alta.

Julio Angelo ( Diretor): A gente está nesse lugar de respeito, pois estamos mexendo com com algo muito delicado que é o mundo de Harry Potter. Fez parte de uma geração inteira. Por isso, temos que respeitar o que a gente faz, temos que respeitar as pessoas que curtem as nossas publicações na página, que confirmaram presença no evento, temos que respeitar todas essas pessoas. Porque esse é o nosso papel como artistas.

Dandara Costa ( Ass.direção): E voltando a essa questão delicada, muitas pessoas são fãs de Harry Potter e de musicais. Então, se você pega os fãs de Harry Potter e os fãs de musicais, a coisa explode (risos).

3)    Qual é a rotina dos ensaios, e como é o entrosamento do elenco?

Julio Angelo (Diretor): Só não ensaiamos às terças-feiras, praticamente. No início do projeto, tínhamos poucos ensaios. Depois que a gente foi vendo que o lugar era um pouco mais acima, a gente foi se adequando, se adaptando. E essa adaptação está sendo até o momento. Porque agora que entramos nessa reta final, exige muito mais concentração, responsabilidade, horário, tudo. Então, os atores estão se adaptando ainda. Nós estamos nos adaptando também. Eles não ensaiam às terças, mas nós trabalhamos todos os dias. Quanto ao entrosamento, foi incrível! Desde as audições. O Jeff (Rony) e o Contente (Harry) se amaram de paixão. Eles disseram um para o outro, você vai ser o Harry e você o Rony, parece que eles já sabiam pela áurea que isso iria acontecer. Acho um entrosamento muito bacana, somos uma família Potter.

Dandara Costa (Ass. direção): Um dos nossos atores quebrou o pé há pouco tempo, ele estava muito desesperado e nós falamos para ele conversar com os parceiros de cena dele. Então, um dos garotos do elenco chegou a buscá-lo em casa, que era num local extremante diferente da rota dele. Fez tudo para que as coisas funcionassem, porque um precisa do outro e todo mundo precisa de todo mundo. Eles são bem família assim. Por muitos deles morarem longe, muitos dormem da casa um do outro.

Julio Angelo (Diretor): Por conta dos horários dos ensaios também, que tiveram que ser estendidos. Por isso, muitos deles acabam perdendo a condução e precisam ficar na casa de alguém. E não tem problema nenhum nisso, é muito legal. Essa é uma das coisas que dá mais valor ao que a gente faz.

Juliana Souza ( Produção): O que eu acho legal também, é que eles já tinham um contato com os atores e eu entrei depois. E até nos momentos em que precisamos sentar com eles para passarmos questões de produção, são sempre momentos muito intensos, porque eles se envolvem com aquilo que está sendo dito. Eles perguntam, eles querem saber, querem dar sugestões. Se eles têm alguma ideia eles já vêm falar com a gente. Eles estão muito envolvidos enquanto amigos, enquanto atores e enquanto produção. Eles são muito interessados e isso estimula a gente.

Julio Angelo ( Diretor): Se não fosse estudante, eu não sei se teria isso. Tem muito ego nesse mercado, e eles não estão nesse lugar. Aqui nos corredores da faculdade, pra fazer teatro eles precisam disso. Isso que eu acho mais interessante.

Dandara Costa (Ass.direção): E essa rotina de muitos ensaios, pesada, deixa qualquer um exausto. Nós falamos para eles que eles devem chegar na segunda-feira com todo o pique e eles chegam, sabe? Isso é muito incrível.

4)    O musical é baseado em um dos livros da saga? (Se sim, qual seria?)

Julio Angelo (Diretor): É sobre tudo, é uma miscelânea. É uma paródia da saga inteira, e isso é o mais interessante porque os criadores originais zombaram de tudo. Não tem perdão, é tudo sacanagem. Mas tudo no lugar de não diminuir, mas de elevar para outro lugar. Isso que eu acho mais legal.  Nós falamos da saga, mas é uma história que abrange outros assuntos, isso é muito legal.

Dandara Costa(Ass. direção): E as pessoas vão ver no espetáculo o que nós vimos em 7-8 anos. A mudança dos personagens eles verão em 2 horas e meia (risos).

5)    O que o público – principalmente o público fã! – pode esperar do musical?

Julio Angelo (Diretor): Essa é uma pergunta capciosa (risos). Já que essa é uma versão brasileira, acho que esse é um lugar muito de abrasileirar, sabe? Nós trouxemos o espetáculo pra cá, é a nossa versão brasileira mesmo. A identificação vai ocorrer de fato, porque vai englobar muitas coisas. Vai tratar da questão de Harry Potter, eles puderam identificar o que está ocorrendo agora no Brasil, no que está acontecendo na casa dele. O publico vai parar e pensar “nossa, mas isso está acontecendo agora!”, vai ter muito isso. A história vai estar trazendo algo atual. Além de ser uma tremenda comédia, tem críticas super bacanas.

Juliana Souza (Produção): Toca em assuntos muito delicados, como bullying, homossexualidade, essas coisas. Toca nessas coisas.

Dandara Costa (Ass.direção): Eu acho que o que eles não vão esperar são reviravoltas com personagens que eles jamais iriam imaginar que iriam se encontrar. Então, eu quero que eles cheguem com muita expectativa. Porque isso vai acontecer (risos).

Julio Angelo ( Diretor): Essa é uma adaptação da versão original, só que é outra coisa, é outro espetáculo. Eles não vão ver a mesma coisa. A essência está lá, mas humildemente falando, ela está em outro lugar (risos). A gente trouxe arranjos novos, estamos com uma banda ao vivo que é top de linha, com sete instrumentos. As atuações são incríveis. A nossa versão é brasileira e os fãs brasileiros vão ficar loucos.

6)    Harry Potter reuniu – e ainda reúne – uma legião de fãs com os seus livros e filmes ao longo dos anos. Qual o sentimento em adaptar para os palcos uma das sagas de maior sucesso do cinema/literatura?

Julio Angelo ( Diretor): Outra pergunta capciosa (risos). É um universo que dá tantas possibilidades, que gera tantas discussões, é tão vivo. Como eu falei, nós trazemos um espetáculo que é atual. O último filme da saga foi lançado em 2011 e está vivo! Não para. Quem é fã de Harry Potter não para. Faz histórias inspiradas na saga, quadrinhos, se veste, faz tatuagem, compra todos os produtos, não para e eu acho que é muito atual. E essa responsabilidade e de deixar essa coisa ainda mais viva. O espetáculo original foi lançado nos EUA, está disponibilizado online para as pessoas assistirem, mas aqui o público brasileiro nunca viu isso acontecer ao vivo. Isso está acontecendo e não vai parar de acontecer, nós temos a responsabilidade de manter esse espírito vivo. Temos de a responsabilidade de fazer isso com muito amor.

O elenco e a direção do " A Very Harry Potter Musical" conversaram conosco, e vocês puderam ler na entrevista a dificuldade com o dinheiro para o musical se manter.Deixo aqui então, o pedido deles.
Não deixem de participar da Vakinha! =D


Nosso projeto ganhou proporções que almejávamos somente em nossos sonhos, mas a realidade está ai pra comprovar que chegamos aonde estamos com o nosso mérito.
Não temos nenhum tipo de patrocínio, pois nos firmamos dentro da Lei como um projeto acadêmico. E por sermos um projeto acadêmico é que precisamos muito da AJUDA de cada um de vocês para continuarmos trilhando nosso caminho
Com a ajuda de vocês o “A Very Potter Musical – Exercício em Cena” poderá alcançar mais objetivos e metas, tendo a possibilidade até de futuras novas temporadas, o que será ideal para que todos vocês se divirtam e apreciem nosso trabalho.

Ajude a nossa Vakinha a chegar em Pigfarts! Emoticon smile

LINK VAKINHA : https://www.vakinha.com.br/vaquinha/a-very-potter-musical-exercicio-em-cena



Essa a primeira parte do nosso Especial, espero que tenham gostado e aguardo vocês amanhã para a entrevista divertida do elenco e fotos do ensaio!
Até!


* Entrevista gravada e transcrita por Camilla Pereira e Isadora Ribeiro. Proibida a cópia total ou parcial da mesma sem autorização das autoras. 

[Resenha] The Goddess Test



The Goddess Test

Autora: Aimée Carter

Sinopse: Todas as garotas que foram testadas falharam. Agora é a vez de Kate. Desde sempre, tem sido apenas Kate e sua mãe, e agora sua mãe está morrendo. Seu último desejo? Voltar para o lugar onde ela cresceu. Então Kate começará a frequentar uma nova escola, sem amigos, sem ninguém conhecido por perto, e o medo de que sua mãe não sobreviverá até o fim do outono. Então ela conhece Henry. Sombrio. Torturado. E hipnotizante. Ele se diz ser Hades, o deus do submundo, e se ela aceitar sua proposta, ele manterá sua mãe viva enquanto Kate tenta passar pelos sete testes. Kate tem certeza de que ele é louco, até vê-lo trazer uma garota de volta à vida. Agora parece que salvar sua mãe é insanamente possível. Se ela passar, ela se tornará a futura noiva de Henry, e uma deusa. Se ela falhar…



"Então minhas escolhas agora eram viver para sempre ou morrer tentando".

Eu confesso que estava na maior expectativa pra ler esse livro. Eu amo mitologia grega, adoro o submundo, mas me decepcionei um pouco. Achei que ele pegou a mitologia de uma forma muito, muito superficial. Eu esperava que a mitologia fosse algo um pouco mais presente. Mas vamos lá...
A Kate é uma personagem com muito potencial. Ela é uma jovem que cresceu só podendo contar com sua mãe e ao descobrir que ela estava morrendo (sim, é de câncer e desculpem a frustração, mas parece que todo livro que eu pego tem alguém morrendo ou que já está morto de câncer). Ela não consegue sequer pensar no que fará depois que a mãe morrer. Todo seu mundo sempre girou em torno dela e ela simplesmente não tem mais ninguém com quem contar. É quando a mãe decide voltar para a cidade onde ela foi criada, que é basicamente no meio do nada.

"- Todos acreditam em você exceto você, Kate".

É lá que Kate, mesmo sem intenção de fazer quaisquer laços de amizade, acaba conhecendo e se aproximando de Ava e James. James parece ser aquele típico cara legal demais, sem muita sorte com as garotas, meio nerd e tal. Ava é o completo oposto, ela é super popular, agitada e, à princípio, um pouco falsa. Mas elas acabam se apegando uma a outra e desenvolvendo a amizade delas. O que foi um pouco inesperado pra mim, mas que eu achei legal, de qualquer forma. Quando um acidente acontece, Henry surge na vida de Kate. Ele faz coisas que durante toda sua vida ela acreditou serem impossíveis. Ele pode ressuscitar pessoas, pode se teletransportar e ele não aparenta ter mais do que alguns anos a mais que ela e ainda assim, parece muito mais velho. Ah, e claro, tudo leva a crer que ele é o senhor do Submundo.
Uma das coisas que me frustraram foi a relutância dela em acreditar no óbvio. Agora, é claro que se um maluco me aborda no meio da rua dizendo ser o papai noel eu no máximo, vou pedir para ele mandar um beijo para o Rudolf e me mandar. Mas se enquanto eu estou atravessando a rua, ele passar de trenó e levantar voo, eu diria que isso o faria muito convincente. Contando claro, que eu não me medico e nem sou alcoólatra ou drogada. Só dizendo.

"Encontre alguém que seja bom pra você e nunca o deixe partir, está bem?"

Brincadeiras à parte, Kate vê em Henry a cura da sua mãe. É então que ela aceita um trato: se Kate aceitar passar seis meses do ano com ele, pelo resto de sua vida, ele manteria sua mãe viva até que ela estivesse pronta para se despedir. Mas as coisas não são tão simples quanto ela pensa à princípio, Kate terá que enfrentar diversas provas para mostrar que é digna de ocupar a posição que está sendo oferecida à ela. E irá descobrir que vai ser muito mais difícil do que ela imaginou, nem todos desejam que ela tenha sucesso e todas as garotas que tentaram até então... Falharam.

"Não havia ninguém com quem eu teria preferido passar meu tempo, 
não importando o quanto isso machucava."

Mas o livro teve seus pontos positivos também: tem um bom ritmo - eu consegui ler em dois dias -, é bem escrito (apesar da falta de aprofundamento na mitologia, que foi uma falha grande, na minha opinião). E o relacionamento deles foi desenvolvido bem. O Henry é um fofo, fiquei com muita pena dele no começo. Ele estava completamente solitário e não tinha quaisquer perspectivas de mudar isso, mesmo que ela resolvesse ficar com ele e ajudá-lo. Ele simplesmente não acreditava que alguém pudesse amá-lo depois de tudo.
É um livro bom, pra ler se você está procurando um coisa mais leve e descontraída, com uma pitada de romance.
Apenas uma observação: nenhuma editora comprou os direitos até agora, portando, não tem qualquer previsão de lançamento no Brasil. Mas é bom pra treinar o inglês, né gente? Kk.

"Tudo muda com o tempo. É preciso apenas ter paciência."



[Filme] Divertida Mente


Divertida Mente (Inside Out) – 2015 (EUA)
Duração: 94 minutos
Gênero: animação, comédia, aventura
Direção: Pete Docter, Ronaldo Del Carmen (codiretor)
Roteiro: Pete Docter, Meg LeFauve e Josh Cooley.

Sinopse: Crescer pode ser uma jornada turbulenta, e com Riley não é diferente. Ela é retirada de sua vida no meio-oeste americano quando seu pai arruma um novo emprego em São Francisco. Como todos nós, Riley é guiada pelas emoções – Alegria (Amy Poehler), Medo (Bill Hader), Raiva (Lewis Black), Nojinho (Mindy Kaling) e Tristeza (Phyllis Smith). As emoções vivem no centro de controle dentro da mente de Riley, onde a ajudam com conselhos em sua vida cotidiana. Conforme Riley e suas emoções se esforçam para se adaptar à nova vida em São Francisco, começa uma agitação no centro de controle. Embora Alegria, a principal e mais importante emoção de Riley, tente se manter positiva, as emoções entram em conflito sobre qual a melhor maneira de viver em uma nova cidade, casa e escola.

Gente, eu tenho que confessar: ao contrário de 90% das pessoas eu não curto muito animações. Adorava quando era mais nova e tal, mas hoje em dia é MUITO difícil eu parar pra ver algum filme em desenho (a não ser anime, porque... ah, porque eu gosto. Sou estranha, o que posso fazer? :P). Mas quando assisti o trailer desse filme em fiquei em êxtase. Eu tenho muita curiosidade com qualquer coisa que fale/estude a mente, a emoção (sou louca pra fazer psicologia!). E esse filme, apesar de ser uma animação falou muito e falou bem sobre o assunto.

Para quem não assistiu:


Apesar de ser uma animação, o filme não foi infantil. Claro, tem aquele toque doce de inocência, mas sempre com aquela mensagem subentendida ali nas entrelinhas.
Ele se passa em sua maior parte na mente de Riley, que está crescendo e está naquela fase entre a infância e a adolescência. Até agora tudo tem sido consideravelmente fácil, divertido e simples, mas como todos sabemos, nada dura para sempre. Tudo começa quando seu pai consegue um novo emprego e eles se mudam para São Francisco. Assim que eles chegam na nova casa, é um choque de realidade atrás do outro para nossa pequena Riley.


Enquanto isso, na mente de Riley suas emoções vão ditando a maior parte de suas ações, como acontece com a maior parte de nós (e com mais força nessa fase). A Alegria, que se chama Amy é quem está a maior parte do tempo no controle, se esforçando para que tudo na vida de Riley seja alegre e feliz. E em sua maior parte é. Até agora.
Conforme a situação vai se infiltrando na pequena mente de Riley, a garota mesmo com a ajuda de Amy, começa a vacilar. Mas como sempre, Amy dá um jeito, tira o foco da situação e tenta se focar nas lembranças felizes e fazer com que tudo permaneça como está. Mas não se pode esconder a tristeza para sempre.
Acho que essa é uma das principais mensagens do filme. Ela está ali, você admita ou não. E chega um ponto que se você não se permite senti-la, isso acaba influenciando de forma errada as suas atitudes, te faz ficar com raiva, frustrado... Com medo. Admitir que está triste, conversar com alguém, colocar para fora... é necessário. Às vezes é preciso se permitir ficar triste e chorar, para superar e então, poder ser feliz novamente.


Recomendo o filme para todo mundo, levem seus filhos, sobrinhos, irmãos, cachorro, papagaio, periquito. Vale a pena!
 
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